PESQUISA Nº 49
A Higiene racial e medidas racistas da Alemanha nazista
Uma das características mais marcantes da Alemanha nazista foram suas leis racistas contra os judeus. A higiene racial da Alemanha foi baseada nas idéias de Arthur de Gobineau, eugenia. Tais idéias aplicavam a "sobrevivência do mais forte" aos seres humanos, diziam que os arianos eram uma raça superior e que essa mesma raça superior não deveria jamais entrar em contato sexual com as raças ditas inferiores. Os judeus, em especial, eram considerados uma raça perigosa, responsável por vários males da Alemanha. Abaixo uma narração de um filme de Propaganda Nazista contra os judeus:
Eles [os judeus] contaminaram os negócios alemães, violentaram a cultura alemã, degradaram nossa literatura, infiltraram-se em nossos teatros, escravizaram nossa imprensa, arruinaram a lei, envenenaram a economia alemã. Em todos os setores da vida alemã, eles destruíram a decência e a essência do que é alemão por meio da ganância e da irresponsabilidade aproveitadora.
As primeiras vítimas desta política foram aleijados e pessoas com problemas mentais, em um programa de eutanásia obrigatória chamado Aktion T4, porém após o sermão do bispo católico de Münster Clemens August von Galen contra o Aktion T4, houve um grande clamor público contra o programa, e Hitler o finalizou.
Os judeus foram sujeitos a uma violenta onda de propaganda difamatória. As Leis de Nuremberg de 1935 impediam que alemães e judeus se casassem, estes perderam seu estatuto de cidadãos alemães e foram banidos de quaisquer lugares na função pública, de exercer profissões ou de tomar parte na atividade econômica. Os estabelecimentos possuíam placas que diziam que proibia a entrada de judeus. Em 25 de julho de 1933 foi decretada à lei de esterilização obrigatória para os judeus e outras raças consideradas inferiores, que esterilizou em torno de 400.000 pessoas.
A partir de 1941, os Judeus foram obrigados a usar a estrela de Davi em público, para serem facilmente reconhecidos pelos alemães. Entre Novembro de 1938 e Setembro de 1939, mais de 180.000 judeus fugiram da Alemanha, e sua propriedade foi confiscada pelo Estado. A partir de 1939 os judeus passaram à ser mandados para campos de concentração, que inicialmente eram utilizados apenas para prender os inimigos do regime nazista. Mais de 1.000 campos de concentração surgiriam nos países ocupados pela Alemanha nazista.
Campo de concentração de Buchenwald. Dia da libertação em 16 de Abril de 1945. No segundo andar do beliche, o sétimo a contar da esquerda é Elie Wiesel, o Prêmio Nobel da Paz de 1986.
Segundo alguns dos respeitados historiadores, entre 1939 e 1945, os campos de concentração tornam-se campos de extermínio, e a SS, ajudada pelos governos e colaboracionistas dos países ocupados, sistematicamente assassinam entre 11 e 14 milhões de pessoas, incluindo cerca de seis milhões de judeus, o plano de extermínio dos judeus era chamado de "Solução Final" (Endlösung der Judenfrage). Muitos foram utilizados como cobaias em experiências científicas. Muitos também morreram de fome e doenças enquanto trabalham como escravos (por vezes, em benefício de empresas privadas alemães devido ao baixo custo deste trabalho). Juntamente com os judeus foram assassinados Polacos (mais de três milhões de vítimas), comunistas ou dissidentes políticos, os membros de grupos de resistência, católicos e protestantes opositores, homossexuais, ciganos, deficientes físicos mentais, prisioneiros de guerra soviéticos (possivelmente perto de três milhões), Testemunhas de Jeová, sindicalistas, e pacientes psiquiátricos. Este genocídio ficou conhecido como Holocausto e foi planejado e ordenado por líderes nazistas, como Heinrich Himmler. Para continuar a aplicar a "Solução Final" foi realizada a Conferência de Wannsee, perto de Berlim, em 20 de janeiro de 1942, com quinze altos funcionários nazistas, liderada por Reinhard Heydrich e Adolf Eichmann. A ata desta reunião fornece a mais clara evidência de planejamento para o Holocausto.
Um dos maiores campos de extermínio em massa foi Auschwitz-Birkenau. Hitler nunca visitou os campos de concentração e estes assassinatos não se tornaram públicos até a derrota da Alemanha nazista.
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