Correndo atrás – A carreira
de ator por Antonio Barboza
12 de
maio de 2012 | Arquivado em: Televisão | Publicado por: Kel Cogliatti
Por Kel Cogliatti
Desde 1979 trabalhando com arte,
a motivação do ator Antônio Barboza é saber que pode tocar o coração das
pessoas. Sem nunca ter feito televisão ou cinema até 2005, quando se mudou de
Ribeirão Preto – interior de São Paulo – para o Rio de Janeiro, hoje ele
acumula no currículo 25 participações na telinha, 17 em filmes e 15 comerciais
de alcances regional, nacional e até internacional. Além de 33 peças teatrais.
A falta de experiência do início
não foi um problema. Um ano após chegar a terras cariocas, Antônio resolveu
fazer algumas figurações pra entender a rotina dos sets de filmagem.
Sentindo-se pronto, buscou diferentes oportunidades e desde 2006 pode ser visto
constantemente em participações. O ator integra o casting dos melhores
produtores de elenco do Rio, e consegue se manter fazendo apenas o que mais
gosta. Mas explica: “Participação em TV não acontece toda semana ou todo
mês, tenho que me virar. De dois anos pra cá só vivo de minha profissão, mas
antes fazia de tudo. Fácil não é mesmo, porém é apaixonante.”
Os critérios pra aceitar um
convite são diversos, mas se o trabalho é honesto e digno, ainda que pequeno,
ele topa: “Ator quer mesmo é atuar sempre. Determino de que maneira vou
contribuir pra ajudar a contar aquela história e aceito”. Mais presente nos
palcos do que na televisão, ele admite que, às vezes, há dificuldade: “Quem
faz mais teatro, sempre está num tom acima da cena. Fazer participação não dá a
naturalidade que a TV imprime. Eu teria que atuar do início ao fim de um
produto pra chegar ao naturalismo realista que a novela exige.”
Aos 33 anos de carreira, Antônio
observa que há muita confusão quanto à ideia de ser ator. Segundo ele, os
jovens chegam ao Rio de Janeiro achando que vão encontrar fama, sucesso e
glamour sem esforço. O que pode até acontecer, mas será em pequena escala. A
realidade é de muita ralação, estudo e disciplina: “Cheguei ao Rio pensando
que era ator e pronto. Aos poucos, fui descobrindo você é perfil (tipo físico),
e muitas vezes não precisa nem ter tanto talento. Depois que aprendi isso os
trabalhos foram surgindo naturalmente, e os não recebidos ficaram mais
tranqüilos.” Quanto ao amor pela profissão, finaliza: “Quando vejo que
toquei alguém e também fui tocado de alguma forma, já vale a pena. Continuo
focado e trilhando meus objetivos e sonhos com dignidade e ética e é isso que
me deixa feliz.”
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